segunda-feira, 28 de março de 2011

Parides ascanius (Crammer, 1775)




Parides ascanius (Crammer, 1775)


Inseto brasileiro na lista de ameaçados de extinção. Seu habitat se restringe apenas a certos tipos de restinga pantanosa entre o litoral de Campos e o de Mangaratiba, regiões que vêm sendo drenadas e colonizadas pelo homem. Ocorre na reserva de Poço das Antas, área protegida, o que talvez evite o total desaparecimento desta bela espécie de borboleta.
Seu vôo, pela manhã e à tarde, é lento e gracioso, sobre a vegetação arbustiva, à procura do néctar de diversas flores, tais como o cambará (Lantana camara) e o gervão. Embora grande e vistosa com rubras manchas em suas asas, a borboleta é evitada por predadores como os pássaros, que a distinguem como impalatável.  Isto ocorre, porque a espécie assimila um veneno da única planta-alimento de suas lagartas, Aristolochia macroura.
As fêmeas, que podem viver até três semanas, colocam seus ovos isoladamente, às vezes sob a folha da Aristolochia, ou perto da mesma, em galhos secos ou outros suportes.
Os ovos são parasitados por pequenas vespas, o que limita a população do inseto e mantém o equilíbrio necessário entre a lagarta, 60mm, e o hospedeiro vegetal.
A crisálida, 30mm, imita um galho seco. 

Sanhaçu-cinzento



Classificação Científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
SubOrdem: Passeri
Parvordem: Passerida
Família: Thraupidae
 Cabanis, 1847
Espécie: T. sayaca
Nome Científico
Tangara sayaca
(Linnaeus, 1766)
Nome em Inglês
Sayaca Tanager




O sanhaçu-cinzento é uma ave passeriforme da família Thraupidae. Também conhecido como sanhaçu-do-mamoeiro, sanhaçu, sanhaçu comum, sanhaçu da amoreira, e no Nordeste como pipira-azul. É uma das aves mais comuns do país, conhecida pelo de realizar acrobacias quando na disputa por frutas com outros pássaros.

Características

Com tamanho aproximado de 18 cm e 42g de peso(macho), tem o corpo cinzento, ligeiramente azulado, com as partes inferiores um pouco mais claras. A cauda e as pontas das asas são azuis-esverdeadas, porém pouco contrastantes. Os imaturos são esverdeados. Pode ser confundido com o sanhaçu-de-encontro-azul, porém o último é muito mais azulado, especialmente no encontro da asa e também possui o bico maior. É sem dúvida o sanhaçu mais comum em nosso país. Tem um canto longo, entrecortado pelo som de notas altas e baixas.

Alimentação

Frutos, folhas, brotos, flores de eucalipatos e insetos, entre estes os alados de cupim (“aleluias” ou “sirirís”) capturados em vôo. Vive normalmente na copa das árvores em busca dos frutos maduros, mas é intrépido o suficiente para apanhar também os caídos: preferindo até os que já estejam infestados de larvas; desfrutando-os com outras aves, como saíra-amarela e o sabiá-da-praia.

Reprodução

O ninho, construído pelo casal é compacto, feito de pequenas raízes, musgos e pecíolos foliares, com um diâmetro externo de cerca de 11 cm. Fica escondido na vegetação densa, numa forquilha de árvore, em alturas variáveis. A fêmea põe de 2 a 3 ovos de cor branca pintados de marrom são semelhantes ao dos sabiás só que menores, e é responsável pela incubação que dura de 12 a 14 dias. O casal alimenta os filhotes, que deixam o ninho após 20 dias de idade.

Hábitos

Quando um macho apronta-se para agredir outro, seu canto torna-se rouco e monótono. Anda quase sempre em casais ou pequenos bandos. Também é visto junto com outra espécie de sua família, como o sanhaçu-do-coqueiro, cujo canto é bem parecido.

Gaturamo-verdadeiro



Classificação Científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
SubOrdem: Passeri
Parvordem: Passerida
Família: Fringillidae
 Leach, 1820
Espécie: E. violacea
Nome Científico
Euphonia violacea
(Linnaeus, 1758)
Nome em Inglês
Violaceous Euphonia



Gaturamo-verdadeiro

O gaturamo-verdadeiro é uma ave passeriforme da família Fringillidae. Também é conhecida pelos nomes de bonito-lindo, gaturamo-imitador, gaturamo-itê, Guiratã (nome para a fêmea, no Rio de Janeiro), guipara e gaipava (nomes atribuídos à fêmea em Santa Catarina), guriatã (Maranhão), guriatã-de-bananeira (Pernambuco), tem-tem-de-estrela e tem-tem-verdadeiro.

Características

O gaturamo-verdadeiro mede entre 11 e 12cm e pesam cerca de 15g (macho). A espécie apresenta dimorfismo sexual: O macho tem as partes superiores azul-metálicas, uma mancha amarela na testa e as partes inferiores amarelas e a fêmea apresenta as partes superiores verde-oliváceas e as inferiores amarelo-oliváceas.
Um dos melhores imitadores. Um único macho pode se manifestar em poucos minutos na voz de 10 a 16 espécies de aves diferentes. São imitações perfeitas, mas traduzidas para sua própria força vocal reduzida. O repertório do gaturamo se torna a cópia fiel da avifauna da região em que vive.

Alimentação

São aves sociais, que se alimentam de frutos e consomem insetos apenas raramente.
Possui moela degenerada, ou seja, baixa capacidade de processamento mecânico dos alimentos ingeridos. O alimento é pouco aproveitado e eliminado poucos minutos após a ingestão.

Reprodução

Atinge a maturidade sexual com 12 meses.
Os ninhos são construídos em cavidades em troncos. Cada postura tem em média quatro ovos brancos, pintalgados de vermelho, e incubados apenas pela fêmea durante 15 dias, tendo de 2 a 3 ninhadas por temporada.

Hábitos

É comum em bordas de florestas, florestas de galeria, clareiras, jardins, plantações de cacau e citrinos, fruteiras em plantações, árvores densas em parques, evitando áreas abertas mais áridas. Vive aos pares ou em pequenos grupos e junta-se com freqüência a bandos mistos de aves. Além de ser muito apreciado por seu canto melodioso, o macho costuma imitar as vocalizações de uma grande variedade de espécies, como gaviões, papagaios, tucanos e gralhas.

Distribuição Geográfica

Amazônia brasileira, a leste dos rios Negro e Madeira, no Nordeste (excetuando-se a área da caatinga), e em direção sul até o Rio Grande do Sul. Encontrado também nas Guianas, Venezuela, Paraguai e Argentina.

Joaninha de sete pontos amarelo







Ordem: Coleoptera.
Nome Científico: Coccinella 7-punctata.
Tamanho: 9 mm.
Hábitat: Em todo o lugar. 
São insetos comuns de jardim, visto que são predadores vorazes de outros insetos. Vendidos como agente de controle biológico por empresas fornecedoras de produtos para jardins, por serem muito eficazes. Na sua maioria , são vermelho, alaranjados ou amarelos com pontos pretos. Quando manipulados ou atacados por predadores, expelem um fluido de cheiro forte. As larvas são tão voraveis quanto os adultos. Dormem todo o inverno, em grandes enxames, sob a casca de árvores e cama de folhas para se manterem aquecidos. 

quinta-feira, 24 de março de 2011

Borboleta 88








Nome popular: 88
Nome científico: Diaethria clymena (Cr)
Tamanho (envergadura das asas): Em média 6 centímetros.
Onde vive: Principalmente nas áreas de Cerrado e Mata Atlântica.
Curiosidades: O nome 88 vem do desenho formado pela disposição das cores nas asas. Costumam voar em locais abertos e iluminados em busca de frutos que caem das árvores.


Jequiranabóia







A jequiranabóia (do tupi-guarani: iakirána = "cigarra" e mbóia = "cobra"), é um inseto homóptero, como as cigarras, sendo conhecida também por cobra-voadora: sua cabeça tem aspecto que lembra a cabeça de um réptil (cobra ou jacaré), com falsos dentes.
É inofensivo, mas sua aparência deu origem a crendices. Possui uma cabeça intumescida, em forma de fava de amendoim, e quitinizada, com um tubérculo perto da base, semelhante a um grande par de olhos. Seus olhos verdadeiros são pequenos, com uma fina antena junto deles.
As asas são amareladas, pontilhadas de pardo e preto. As asas posteriores possuem grandes ocelos, lembrando grandes olhos, como nas borboletas-coruja (Caligo illioneus). Medem de 6 a 7 cm de comprimento com o dobro de envergadura. Raramente ultrapassam os 10 cm de comprimento. Quando estão de asas fechadas, a aparência na qual são associados às crenças se evidencia.
São também conhecidas por jequitiranabóia, jetiranumbóia, jitiranabóia, jiquitiranabóia, jequitirana-bóia, tirambóia, jaquiranabóia, cobra-voadora, cobra-do-ar e cobra-de-asa. Há duas espécies que são chamadas por estes nomes, a Fulgora lanternaria e a Fulgora lampetis .
Biologia
De seus ovos eclodem ninfas, que ao realizarem a última muda, fazem a metamorfose e se tornam adultos alados.
É um animal de hábitos crepusculares, voando sobre as florestas tropicais. Nas cidades, é atraída pela luminosidade das ruas, como outros insetos. Quando pousados, têm o hábito curioso de andar de lado e para trás.
Os inimigos naturais das jequiranabóias são aves (garças, corujas etc.), mamíferos (primatas e carnívoros), répteis (serpentes e lagartos) e anfíbios (sapos). Os fulgorídeos podem ser parasitados por larvas de vespas e por lagartas que vivem de forma sobre alguns insetos, alimentando-se de suas secreções.
Alimenta-se do néctar de frutas e seiva de vegetais, retirados por sucção através de seu aparelho bucal em forma de canudo.
Habitat
São comuns na América do Sul, em grande parte no território brasileiro. Podem também ser encontradas nos países da América Central, na Venezuela, Colômbia e Peru. Vivem nas florestas tropicais.
A jequiranabóia era vista com grande freqüência no interior das pequenas cidades brasileiras, mas atualmente estas observações são muito raras, pois estas e muitas outras espécies acabaram sendo confinadas em determinadas regiões. Este confinamento é resultado da devastação, da caça predatória (tráfico de animais) e da poluição, que estão a cada dia mais intensas, exaurindo a biodiversidade de nosso planeta.
Curiosidades
É considerada um exemplo significativo do folclore brasileiro.
A possível bioluminescência que deu origem ao nome "lanternaria" (lanterna), ainda continua sem confirmação. Acredita-se que este fenômeno origine-se de bactérias fotogênicas que se desenvolveriam sobre a cabeça dos exemplares.
Em algumas comunidades e aldeias indígenas existe até hoje o mito da jequiranabóia. Segunda a lenda jequi, caso pouse em uma pessoa ou uma planta, esta secará completamente e definhará até à morte. A crença é originada do fato de os animais serem por vezes encontrados em troncos secos, acreditando-se que ao sugar sua seiva, levou a morte o vegetal. Na realidade a jequiranabóia é um inseto inofensivo, o contato físico com ela não causa nenhum mal. Só ocorrerá algum dano ao vegetal se o número de insetos que o sugam for muito grande e a planta já estiver debilitada.
Existe também a crença, incorreta, de que é um animal venenosíssimo, pelo fato de se assemelhar a uma serpente. Isso é ainda muito acreditado pelas pessoas que vivem nas zonas distantes das cidades e próximas a florestas.
Essas crenças e folclores fazem parte de nossa cultura e não devem ser apagadas de nossa história.

Borboleta Morpho aega aega Hübner












Morpho aega aega  Hübner, 1806


Os machos dessa espécie apresentam na face superior das quatro asas uma coloração azul metálica de brilho e intensidade inigualáveis. Já as fêmeas apresentam duas formas com colorações distintas:  A forma azul e a forma alaranjada.
O belíssimo azul das asas provoca a exploração da espécie para uso em bandejas e outros artigos.  Contam-se aos milhões o número dessas borboletas capturadas anualmente e sua extinção só não ocorreu porque as densas populações ocupam imensas áreas de bambus nativos (Chusquea), planta alimento de suas lagartas.  O seu habitat ideal se apresenta sempre em regiões compostas por densas matas das espécies de bambu desse gênero.
Ocorre no sul e sudeste do Brasil, chegando até às montanhas do centro do Espírito Santo.  Em certas regiões voam durante todo o ano, mas no sul aparecem três vezes, com mais abundância em março e dezembro.
Os machos aparecem à partir das 9:00, e as fêmeas voam geralmente após as 12:00.  É um dos mais fantásticos espetáculos da natureza a visão de dezenas dessas borboletas voando ao mesmo tempo e se destacando sobre o verde da vegetação.
Os ovos, 1,8mm são colocados isoladamente ou em pequenos grupos sobre as folhas das taquaras e bambus.  Após a eclosão, as lagartas (50 mm) se dispersam e tecem uma seda sob a folha onde passam o dia, saindo à noite para se alimentarem.
A crisálida (28 mm), quando sadia, é verde, mas torna-se preta quando atacada por fungos que dizima as populações da espécie na natureza. 

quarta-feira, 23 de março de 2011

Borboleta Casabranca







Mechanitis menapis saturata (Godman, 1901)


Possivelmente a mais comum das borboletas, que ocorre em quase todo o Brasil,  voa durante os doze meses do ano, lentamente e próxima ao solo, em locais sombreados e úmidos ou em clareiras e bordas das matas, à procura de sua flor preferida – Eupatorium  (Asteraceae).
Aprecia igualmente se nutrir do nitrogênio deixado pelo excremento de aves sobre as folhas das plantas, e mesmo de matérias orgânicas em decomposição.
O ciclo vital é curto, aproximadamente um mês de ovo a adulto. Os ovos agrupados são colocados em solanáceas, na face superior, e medem aproximadamente 1mm.
As lagartas mantêm-se juntas até o período pré-pupa e, as vezes, mesmo nesse estágio, não se dispersam, não sendo raro encontrarem-se várias crisálidas sob mesma folha da planta-alimento.
As belas crisálidas (17mm), cor de ouro mais parecem jóias que o estágio de um inseto. O adulto pode viver vários meses.
A espécie é muito mansa, sendo criada facilmente em borboletários, desde que suas condições diversificadas de alimentação sejam providas.
 

Borboleta Gema




Nome popular: Gema

Nome científico: Phoebis philea philea (Linnaeus)

Tamanho (envergadura das asas): Atinge cerca de 9 centímetros.

Onde vive: Jardins e matas do interior do país.

Curiosidades: voos baixos e altos. Junto à margem dos rios, os machos sugam o barro nas horas mais quentes do dia, aproveitando os sais minerais dissolvidos na água. As fêmeas preferem sugar o néctar das flores.

Borboleta-coruja






Nome popular: Borboleta-coruja
Nome científico: Caligo brasiliensis (Felder, 1862)
Família: Nymphalidae
Subfamília: Brassolinae
Tamanho (envergadura das asas): É uma das maiores espécies brasileiras, podendo chegar a medir até 18 centímetros.
Onde vive: Principalmente em regiões de mata no sudeste do Brasil.
Curiosidades: Nas asas posteriores possui duas manchas que lembram olhos de coruja e servem para enganar predadores.